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Oi, hoje vamos falar sobre o fenômeno do amanhecer e o que acontece com o açúcar no sangue enquanto você está em jejum. Normalmente, quando você está em jejum ou não come, esperaria que o açúcar no sangue diminuísse. No entanto, às vezes ele sobe, e isso pode causar confusão. Vou explicar por que isso acontece e como está relacionado ao fenômeno do amanhecer.
Quando você mede a glicemia, espera que, se não comer, ela caia, pois ao se alimentar tende a subir. De fato, geralmente isso ocorre, mas algumas pessoas ficam surpresas ao perceber que, mesmo sem comer, o açúcar no sangue pode aumentar. Isso acontece porque, quando você não ingere alimentos, seu corpo libera glicose para fornecer energia. Durante a alimentação, as calorias e o açúcar são armazenados, sendo que o açúcar pode ser estocado como glicogênio no fígado ou como gordura corporal.
Quando você não come, seu corpo pode recorrer à gordura corporal ou ao glicogênio armazenado no fígado para transformá-los novamente em glicose. Esse processo é fundamental para garantir que você não morra durante o sono, pois o corpo mantém uma reserva de energia. Pense nisso como uma geladeira: quando você faz compras, guarda parte dos mantimentos nela. Se a comida acabar na mesa da sala, você pode recorrer ao que está na geladeira antes de precisar ir ao supermercado novamente.
O mesmo acontece com a glicemia. Seu corpo armazena açúcar no sangue enquanto você se alimenta, mas, quando você fica sem comer, seus hormônios sinalizam a necessidade de liberar glicose armazenada. Esses hormônios são chamados de contra-reguladores porque trabalham contra a insulina. Enquanto a insulina atua para armazenar energia após a ingestão de alimentos, hormônios como a noradrenalina, o hormônio do crescimento e o cortisol aumentam em períodos de jejum, promovendo a liberação da glicose no sangue.
Esse aumento da glicose é especialmente evidente pela manhã, fenômeno conhecido como “fenômeno do amanhecer”. Por volta das quatro ou cinco horas da manhã, o corpo, seguindo seu ritmo circadiano, libera uma onda de hormônios contra-reguladores. Isso faz com que a glicose seja retirada das reservas e enviada para o sangue, preparando você para o dia seguinte. Por esse motivo, você não precisa comer imediatamente ao acordar, pois seu corpo já forneceu energia suficiente para iniciar suas atividades.
O fenômeno do amanhecer é normal e ocorre em todas as pessoas. No entanto, em diabéticos tipo 2, o aumento da glicose no sangue pode ser mais significativo pela manhã, mesmo sem ingestão de alimentos. Isso acontece porque essas pessoas podem ter um excesso de glicose armazenada, e quando os hormônios contra-reguladores entram em ação, grandes quantidades são liberadas. É como ter uma geladeira cheia: ao receber o sinal para tirar comida, você acaba retirando muito.
Outra questão frequente é se o jejum pode causar hipoglicemia. A resposta é não, pois o corpo possui mecanismos para manter os níveis de glicose estáveis, mesmo durante longos períodos sem comer. Ele pode converter glicogênio do fígado ou gordura corporal em glicose e, em casos extremos, até transformar proteínas em glicose, processo chamado de gliconeogênese. Apenas pessoas que tomam medicamentos para diabetes correm risco de hipoglicemia, pois esses remédios podem reduzir excessivamente os níveis de glicose no sangue.
Se você toma medicamentos para diabetes e pratica o jejum, é importante conversar com seu médico para ajustar as doses. Algumas pessoas pensam que diabéticos tipo 2 não podem jejuar, mas isso não é verdade. Elas apenas precisam monitorar sua glicemia e reduzir os medicamentos, caso necessário. Na verdade, a necessidade de menos remédios significa que o diabetes está melhorando, o que é um sinal positivo.
Estudos científicos comprovaram que o jejum não causa hipoglicemia em pessoas saudáveis. Em um experimento, homens jejuaram por 30 a 60 dias e receberam doses elevadas de insulina para reduzir a glicemia. Apesar de os níveis de açúcar caírem drasticamente, os participantes não apresentaram sintomas, pois seus corpos passaram a usar cetonas como fonte de energia alternativa. Isso mostra que o cérebro consegue funcionar bem com cetonas, evitando os efeitos da hipoglicemia.
Outro estudo de 1972 mostrou resultados semelhantes: nove pessoas jejuaram por 60 dias e receberam insulina intravenosa para reduzir a glicemia. Embora os níveis de açúcar tenham caído a valores quase imensuráveis, os participantes se sentiram normais. Isso confirma que o corpo é altamente adaptável ao jejum e pode manter a energia estável por meio da produção de cetonas.
Portanto, durante o jejum, a glicose no sangue pode cair, mas geralmente permanece dentro da faixa normal. Se você toma medicamentos, pode precisar ajustá-los sob orientação médica. Em algumas pessoas, a glicemia pode aumentar no jejum, mas isso não é um problema. Significa apenas que o corpo tem glicose armazenada e está liberando-a para ser usada como energia.
O jejum é uma prática benéfica, pois permite que o corpo utilize sua própria glicose armazenada. Mesmo que os níveis de açúcar subam temporariamente, isso é apenas o corpo acessando suas reservas. Assim, você está no caminho certo, basta continuar até que a glicemia se estabilize.
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