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Monjaro: O que é a nova caneta para emagrecimento e como ela se compara ao Ozempic?
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Desde sua chegada ao Brasil em maio de 2025, o Monjaro tem gerado filas nas farmácias e se tornado o assunto do momento no universo das canetas para emagrecimento. Mas será que essa nova alternativa realmente é melhor que o já conhecido Ozempic. Neste artigo, vamos explicar tudo o que você precisa saber sobre o Monjaro: como ele age, diferenças em relação ao Ozempic, estudos científicos, riscos, efeitos colaterais e por que é essencial contar com orientação médica.
O que é o Monjaro?
Monjaro é o nome comercial da tirzepatida, um medicamento injetável aprovado no Brasil pela Anvisa desde setembro de 2023 para o tratamento do diabetes tipo 2. Seu lançamento comercial, no entanto, aconteceu apenas em 2025. Apesar disso, seu potencial efeito emagrecedor tem atraído atenção até mesmo de quem não é diabético.
Nos Estados Unidos, o Monjaro já foi aprovado tanto para diabetes quanto para obesidade, mas no Brasil ele ainda só tem autorização para uso em pacientes com diabetes tipo 2.
Como o Monjaro age no organismo?
A tirzepatida tem uma ação dupla: ela imita os hormônios GLP-1 e GIP.
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GLP-1: aumenta a sensação de saciedade e reduz o apetite, além de regular a liberação de insulina.
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GIP: atua também no controle do açúcar no sangue e influencia diretamente nas células de gordura, preparando o corpo para queimar mais gordura.
Essa ação combinada torna o Monjaro mais eficaz do que medicamentos que atuam apenas sobre o GLP-1, como o Ozenique.
Monjaro vs. Ozempic: qual é mais eficaz?
Estudos iniciais mostram que o Monjaro pode oferecer uma perda média de peso de até 23 kg em 1 ano e meio, o que representa cerca de 20% do peso corporal total de pacientes obesos.
Já o Ozempic, com doses máximas de 1,7 a 2,4 mg, proporciona uma perda média de 15 kg, ou seja, cerca de 15% do peso.
👉 Importante: esses dados vêm de estudos da própria fabricante do Monjaro. Ainda são necessárias pesquisas independentes para comprovar se esses resultados se repetem em grande escala.
Qual a diferença entre as doses disponíveis?
Apesar do destaque na mídia, as doses disponíveis no Brasil são baixas: 2,5 mg e 5 mg. Essas não são as mesmas que mostraram maior eficácia no emagrecimento nos estudos (10 mg e 15 mg).
Portanto, quem está usando Monjaro apenas para emagrecer, sem diabetes, está fazendo uso off label, ou seja, fora das indicações da bula e sob total responsabilidade médica.
Preço e acessibilidade
O tratamento com Monjaro pode custar até R$ 4.000 por mês, dependendo da dose e do estado onde é comprado. Isso o torna ainda mais caro que o Ozenique, que já tem um preço elevado.
Além disso, a partir de 15 de junho de 2025, a Anvisa passou a exigir a retenção da receita médica para a compra de medicamentos como Monjaro e Ozempic, o que aumentou ainda mais a procura e causou até desabastecimento em farmácias.
O perigo da automedicação
É preciso destacar que obesidade é uma doença crônica e multifatorial, que envolve alterações hormonais, inflamatórias e metabólicas. Por isso, o tratamento adequado não depende apenas de “força de vontade” ou de usar remédios da moda.
🔴 Monjaro não é indicado para qualquer pessoa que quer emagrecer. Seu uso sem orientação pode causar efeitos colaterais, como:
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Náuseas
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Vômitos
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Hipoglicemia
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Problemas pancreáticos
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Alterações hormonais
Aviso importante (com recomendação médica)
⚠️ Este artigo é informativo e não substitui a avaliação médica.
O uso de medicamentos como Monjaro ou Ozempic deve ser feito apenas com prescrição e acompanhamento de um profissional de saúde qualificado. Automedicação pode colocar sua vida em risco.
Conclusão: Monjaro é melhor que Ozempic?
Depende.
Se o foco é o controle do diabetes tipo 2 e o paciente não obteve bons resultados com outros medicamentos, o Monjaro pode ser uma opção promissora.
Por outro lado, se o objetivo é apenas emagrecer, o Monjaro ainda não tem aprovação para esse fim no Brasil e está longe de ser um remédio milagroso.
📌 A melhor forma de tratar a obesidade ainda é a abordagem individualizada, que inclui:
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Mudança de hábitos alimentares
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Atividade física
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Apoio psicológico
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E, quando necessário, uso responsável de medicamentos com prescrição.
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